sábado, 29 de setembro de 2012

HISTORIA DA RELIGIÃO PARTE II



PARTE II
RELIGIÃO NO MESOLÍTICO:
 - NÃO HÁ RELATOS -
C- NEOLÍTICO ( ou  “idade da pedra nova”ou “pedra polida” )

Na pré-história européia, portanto, não se aplicando à pré-história americana (incluindo o Brasil), 
é o nome do período que vai de aproximadamente do décimo milênio a.C., (com o surgimento da agricultura), até o terceiro milênio a.C., (dando lugar a Idade dos Metais.)
Nota: foi nesta época que surgiram também o comércio, o dinheiro, que facilitou a troca de materiais, e que era, na época, representado por sementes. 
Estas sementes, diferenciadas umas das outras, representam cada tipo, cada valor. Uma aldeia, ao produzir mais do que o necessário e, para não perder grande parte da produção que não iria ser utilizada, troca o excesso por peças de artesanato, roupas e outras utensílios com outras aldeias.
Neste momento deixam de usar peles de animais como vestimenta, que dificultam a caça e muitas outras atividades pelo seu peso, e passam a usar roupas de tecido de lã, linho e algodão, mais confortáveis e leves.

RELIGIÃO NO NEOLÍTICO:
Também não há fontes textuais existentes a partir do período Neolítico.

C- IDADE DO BRONZE ( ou  “idade dos metais”)
A Idade do Bronze é um período da civilização no qual ocorreu o desenvolvimento desta liga metálica, resultante da mistura de cobre com estanho.
Iniciou-se no Oriente Médio em torno de 3300 a.C. substituindo o Calcolítico, embora noutras regiões esta última idade seja desconhecida e a do bronze tenha substituído diretamente o período neolítico (popularmente conhecida como Idade da Pedra).
A Idade do Bronze no antigo Oriente Próximo começou com a ascensão da Suméria no quarto milênio a.C. O Antigo Oriente Próximo é considerado por alguns como o berço da civilização e praticavam a agricultura intensiva durante todo o ano,
desenvolveram um sistema de escrita, inventaram a roda do oleiro, criou um governo centralizado, códigos de leis e impérios, e introduziram a estratificação social, a escravidão e a guerra organizada. Sociedades na região estabeleceram as bases para a astronomia e matemática.

RELIGIÃO NA IDADE DO BRONZE:

as fontes disponíveis datam da Idade do Bronze e, portanto, todas as declarações sobre qualquer sistema de crenças das sociedades neolíticas pode ter possuído são vislumbradas a partir da arqueologia.
Diversos autores apresentam uma pré-história "centrada na figura feminina" e na adoração à Deusa mãe ao longo de toda a pré-história. Os achados arqueológicos das estatutetas de Vênus e de arte rupestre são provas dessa religiosidade.
Ela descreve uma "Velha Europa" matriarcal com um conjunto de sociedades dominadas pela adoração à uma deusa, em especial, postulando uma deusa de aves e uma deusa urso.
ESTATUETAS DE VÊNUS

As estatuetas de Vênus são uma série de estatuetas pré-históricas de mulheres, que compartilham certas características
(muitas delas são de mulheres obesas ou grávidas ou extremamente esbeltas com silhueta afinada).
Essas estatuetas já foram encontradas da Europa Oriental até a Sibéria e
foram feitas em pedras moles, como:
-   calcita ou calcário,
-  ossos ou marfim, ou ainda
- criadas em argila e depois aquecidas.
- Algumas delas são os objetos de cerâmica mais antigos de que se tem conhecimento.

ARTE RUPESTRE
Arte rupestre, pintura rupestre ou ainda gravura rupestre, são termos dados às mais antigas representações artísticas conhecidas, as mais antigas datadas do período Paleolítico Superior (40.000 a.C.) gravadas em abrigos ou cavernas, em suas paredes e tetos rochosos, ou também em superfícies rochosas ao ar livre, mas em lugares protegidos, normalmente datando de épocas pré-históricas.
Bem é isso que temos de registro acerca da religião na pré-história!
CIVILIZAÇÃO ASTECA
Vamos agora As religiões das civilizações astecas,

também uma das mais antigas
Eram politeístas (acreditavam em vários deuses) e acreditavam que se o sangue humano não fosse oferecido ao Sol, a engrenagem do mundo deixaria de funcionar.
Os sacrifícios eram dedicados a:
§  Huitzilopochtli ou Tezcatlipoca: o sacrificado era colocado em uma pedra por quatro sacerdotes, e um quinto sacerdote extraía, com uma faca, ocoração do guerreiro vivo para alimentar seu Deus;

§  Tlaloc: anualmente eram sacrificadas crianças no cume da montanha. Acreditava-se que quanto mais as crianças chorassem, mais chuva o Deus proveria.
No seu panteão havia centenas de deuses. Os principais eram vinculados ao ciclo solar e à atividade agrícola. Observações astronômicas e estudo doscalendários faziam parte do conhecimento dos sacerdotes.
Sacrifício humano na cultura asteca
Sacrificar seres humanos aos deuses, era para os Astecas uma missão, enquanto povo escolhido pelo seu deus Huizilopchtli. Os sacerdotes ficavam com os vencidos para os sacrifícios , o deus era apaziguado. Era tal a obsessão de sacrifício, que para eles as frequentes campanhas bélicas acabaram por não se dirigir à conquista de territórios, mas tornaram-se uma forma de encontro ritualizado, de conflitos cerimoniais, a que se deu o nome de "Guerra Florida", com a qual era possível obter sempre novas vítimas para os sacrifícios aos deuses. O seu destino final, como acontecia com os prisioneiros mortos no templo, era a glória de acompanhar o Sol no seu caminho celestial. Esta "Guerra Florida" foi instituída no reinado de Moctezuma I, por Tlacaelel, uma espécie de grão-vizir. Com este fim, Tenochtitlan selou uma aliança tripla com o estado Acolhua de Texcoco (do outro lado do lago) e com o pequeno estado de Tlacopán, numa luta permanente contra os estados de língua Nahualt de Tlaxcala e Huexotzingo. A finalidade de ambos os lados era simplesmente ganhar cativos para serem sacrificados.
A morte em combate ou na pedra sacrificial era o destino mais elevado do guerreiro, e conduzia-o para o mais alto céu. A base do pensamento religioso e da actividade ritual provinha da ideia de que era necessário manter uma relação constante de intercâmbio com o sobrenatural. Oferecendo aos deuses a energia vital necessária para manter a actividade, poder-se-ia continuar a receber dele os dons que permitiam a existência humana, como a luz, o calor, a água, a caça, os produtos da terra, etc. No inicio pouco numerosos, durante a época da conquista, não se passava um dia sem que se fizesse pelo menos um sacrifício. Quanto mais alta fosse a categoria da vítima mais valiosa era para o fim em vista.
O sacrifício tradicional mais dramático dava-se uma vez por ano, no 5º dia do mês toxcatl, em honra a Tezcatlipoca. Um ano antes, os sacerdotes designavam um jovem prisioneiro para representar o deus. Durante esse ano seguinte a precedia à cerimónia ensinavam-lhe as artes nobres, como por exemplo, tocar a flauta de argila. Vestido com trajes sumptuosos, todos o reverenciavam como a imagem viva do deus. No começo do mês Toxcatl, casavam-no com quatro virgens (que usavam o nome de Xochiquetzal, Xilonen, Atlatonan e Uixtociatl). Quanto mais se aproximava a data fatídica, mais as festas organizadas em sua honra eram faustosas. No dia do sacrifício, ele embarcava com as suas mulheres num barco que os conduzia a uma pequena ilha onde ficava o templo. Então as mulheres deixavam-no e ele dirigia-se sozinho para a pirâmide ou "Teocalli". Subia a escadaria, quebrando sucessivamente sobre os degraus todas as flautas de argila que tinha usado durante esse ano. Assim que chegava à plataforma do templo, quatro sacerdotes estendiam-no sobre a pedra sacrificial segurando-lhe os braços e as pernas; o quinto homem abria-lhe o peito com uma faca de sílex e metendo a mão dentro do peito, arrancava-lhe o coração que, logo de seguida, erguia ao céu em oferenda á divindade. A famosa "pedra do sacrifício", que data do reino de Tizoc, é um vaso enorme onde se queimava o coração das vítimas. Outro tipo de sacrifício: a vítima combatia sucessivamente com armas fictícias contra guerreiros bem armados; se conseguisse defender-se contra o primeiro, morria inevitavelmente aos golpes dos seguintes.
Ao deus Xipe Totec: depois do coração arrancado, este era depositado no cuauxicalli ou "vaso de água", para ser queimado e servir de alimento aos deuses. A cabeça era separada do corpo, e este esfolado. Os sacerdotes e aqueles que faziam penitência (para homenagear os deuses), vestiam-se com a pele da vitima, que usavam durante 20 dias, ao fim dos quais o que personificava o deus Xipe Totec, o "nosso senhor esfolado", "deitava um cheiro repulsivo como se fosse um cão morto". Ao deus Tlaloc: sacrificavam-se crianças no alto das montanhas para trazer chuva no fim da estação seca, para apaziguar o deus; quanto mais elas choravam, mais satisfeito o deus ficava.
20 000 homens eram imolados em cada ano. O templo de Huitzilopochtli é disso testemunham. Hernan Cortez e os seus homens, contaram cerca de 140 000 crânios.
Todas estas cerimónias eram reguladas por um calendário litúrgico chamado "Tonalpohualli", a par com o calendário solar relacionado com a vida rural.
O Deus mais venerado era Quetzalcóatl, a serpente emplumada. Os sacerdotes formavam um poderoso grupo social, encarregado de orientar aeducação dos nobres, fazer previsões e dirigir as cerimônias rituais. A religiosidade asteca incluía a prática de sacrifícios. Segundo o divulgado pelos conquistadores o derramamento de sangue e a oferenda do coração de animais e de seres humanos eram ritos imprescindíveis para satisfazer os deuses, contudo se considerarmos a relação da religião com a medicina encontraremos um sem número de ritos.
Há referências a um Deus sem face, invisível e impalpável, desprovido de história mítica para quem o rei de Texoco, Nezaucoyoatl, mandou fazer um templo sem ídolos, apenas uma torre. Esse rei o definia como "aquele, graças a quem nós vivemos".

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