sábado, 27 de outubro de 2012

RELIGIÃO NA CIVILIZAÇÃO MAIA


RELIGIÃO NA CIVILIZAÇÃO MAIA

AULA - FAFITEAL - Faculdade de Teologia e Filosofia de Alagoas
                                                                                                         Ev. Adriano Oliveira



Meus queridos alunos, graça e Paz do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.  Após estudarmos a civilização Asteca, continuaremos nosso passeio no Estudo Social das Religiões e vamos conhecer mais uma civilização: Os Maias.

Comecemos informando que os maias foram responsáveis por invenções nas mais variadas áreas do conhecimento

I – QUEM FORAM OS MAIAS? 

De acordo com o pesquisador  Rainer Sousa: eram povos pré-colombianos, ou seja viveram bem antes da chegada de Colombo as américas. O que temos de informação sobre os maias é que esta civilização instiga uma série de questões não respondidas aos diversos paleontólogos, historiadores e antropólogos que investigam este povo pré-colombiano. Os indícios da origem da civilização maia repousam  no período entre 700 e 500 a.C. nos sítios arqueológicos da península do Iucatã



( Nota: É uma grande península do continente panamericano que adentra ao oceano Atlântico na América Central, constituindo-se no extremo sudeste do território do atual México, a oeste da Cuba e a nordeste da Guatemala. Foi o berço de grandes civilizações pré-colombianas como a dos maias e dos olmecas.)



Contudo, novas pesquisas admitem uma organização mais remota, estabelecida em 1.500 a.C..
Ao contrário de outras grandes civilizações, os maias não se organizaram politicamente através de uma estrutura de poder político centralizado.

Em um vasto território que ia da Guatemala até a porção sul do México, observamos a presença de vários centros urbanos independentes. Entre as principais cidades integradas a esse sistema podemos destacar Piedras Negras, Palenque, Tikal, Yaxchilán, Copán, Uxmal e Labná.

O esplendor da sociedade maia é fundamentalmente explicado pelo controle e as disciplinas empregadas no desenvolvimento da agricultura. Entre os vários alimentos que integravam a dieta alimentar dos maias, podemos destacar o milho, produto de grande consumo, o cacau, o algodão e o agave. Para ampliar a vida útil de seus terrenos, os maias costumavam organizar um sistema de rotação de culturas.

A CLASSE SOCIAL
O processo de organização da sociedade era bastante rígido e se orientava pela presença de três classes sociais.

EM CIMA:No topo da hierarquia encontramos os governantes, os funcionários de alto escalão e os comerciantes.

NO MEIO: Logo em seguida, temos funcionários públicos e os trabalhadores especializados.

NA BASE: Na base da pirâmide ficavam os camponeses e trabalhadores braçais.
Os maias tiveram uma ampla gama de conhecimentos desenvolvidos no interior de sua cultura.

MATEMÁTICA:

De acordo com algumas pesquisas, eles utilizavam um sistema de contagem numérico baseado em unidades vigesimais e, assim utilizavam do número “zero” na execução de operações matemáticas.

ASTROLOGIA
Além disso, criaram um calendário bastante próximo ao sistema anual empregado pelos calendários modernos.

ESCRITA
Um dos grandes desafios para os pesquisadores da civilização maia gira em torno da decifração do seu complexo sistema de escrita.

Um dos maiores empecilhos está relacionado ao fato de que os signos empregados podem representar sons, ideias ou as duas coisas ao mesmo tempo.

Além disso, indícios atestam que eles utilizavam diferentes formas de escrita para um único conceito.




A ARQUITETURA E A RELIGIÃO

A arquitetura desse povo esteve sempre muito ligada à reafirmação de seus ideais religiosos. Várias colunas, arcos e templos eram erguidos em homenagem ao grande panteão de divindades celebrado pela cultura maia. A face politeísta das crenças maias ainda era pautada pela crença na vida após a morte e na realização de sacrifícios humanos regularmente executados.Por volta do século XIII, a sociedade maia entrou em colapso. Ainda hoje, não existe uma explicação que consiga responder a essa última questão envolvendo a trajetória dos maias. Recentemente, um grupo de pesquisadores norte-americanos passou a trabalhar com a hipótese de que a crise desta civilização esteja relacionada à ocorrência de uma violenta seca que teria se estendido por mais de dois séculos.

II – A RELIGIÃO NA SOCIEDADE MAIA

Em síntese: Os maias viveram em um universo mágico, governado por uma multidão de deuses.
Os mais importantes eram: o Sol, a Lua e Itzamná, o dragão celeste venerado pelos sacerdotes e pelos nobres. No entanto, o povo preferia os deuses mais próximos de sua vida cotidiana.

Os maias acreditavam que era preciso sacrificar seres humanos para garantir a sobrevivência, tanto dos deuses como das pessoas. Isso enviaria energia humana até os deuses e, em troca, eles próprios seriam recompensados com o poder divino.

Em geral costumavam sacrificar  prisioneiros, escravos e crianças.
A mitologia maia se refere às extensivas crenças politeístas da civilização maia pré-colombina. Esta cultura mesoamericana seguiu com as tradições de sua religião há 3.000 anos até o século IX, e inclusive algumas destas tradições continuam sendo contadas como histórias inventadas pelos maias modernos.

São só três textos maias completos que sobreviveram através dos anos. A maioria foi queimada pelos espanhóis durante sua invasão da América.
Portanto, o conhecimento da mitologia maia disponível na atualidade é muito limitado.

O Popol Vuh (ou Livro do Conselho dos indianos quiché) relata os mitos da criação da Terra, as aventuras dos deuses gêmeos, e a criação do primeiro homem.
Os livros de "Chilam Balam" também contêm informação sobre a mitologia maia, geralmente descrevem as tradições desta cultura.
As crônicas de Chacxulubchen é outro texto importante para a compreensão da mitologia maia.

RELIGIÃO

Três primeiros deuses criadores
Estes realizaram a primeira tentativa da criação do homem a partir da lama, no entanto em breve viram que seus esforços desembocaram no fracasso,

já que suas criações não se sustentavam por ser um material muito suave.
1. Gucumatz: Na mitologia maia, Gucumatz é o deus das tempestades. Achou vida por meio da água e ensinou aos homens a produzir fogo.

É conhecido também por: Gucamatz, Cuculcán ou Kukulkán.
2. Huracán: Em linguagem maia, Huracan significa "o de uma só perna", deus do vento, tempestade e fogo.   Foi também um dos treze deuses criadores que ajudaram a construir a humanidade durante a terceira tentativa. Além disso provocou a Grande Inundação depois que os primeiros homens enfureceram aos deuses. Supostamente viveu nas neblinas sobre as águas torrenciais e repetiu "terra" até que a terra emergiu dos oceanos.

Nomes alternativos: Hurakan, Huracán, Tohil, Bolon Tzacab e Kauil.

3. Tepeu: Na mitologia maia, foi deus do céu e um dos deuses criadores que participou das três tentativas de criar a humanidade.

Os sete segundos deuses criadores

Estes deuses que realizaram a segunda tentativa de achem ao homem a partir da madeira, mas este não possuía nenhuma alma
1. Alom
2. Bitol - Deus do céu. Entre os deuses criadores, foi o que deu forma às coisas. Participou das duas últimas tentativas de criar a humanidade.
3. Gucamatz
4. Huracán
5. Qaholom
6. Tepeu
7. Tzacol

Os treze últimos deuses criadores

OS BACABS
Se podem encontrar referências aos Bacabs nos escritos do historiador do Século XVI Diego de Landa e nas histórias maias colecionadas no Chilam Balam.
Em algum momento, os irmãos se relacionaram com a figura de Chac, o deus maia da chuva.
Em Yucatán, Chan Kom se refere aos quatro pilares do céu como os quatro Chacs.
Também acredita-se que que foram deuses jaguar, e que estão relacionados com a apicultura.
Como muitos outros deuses, os Bacabs eram importantes nas cerimônias de adivinhações,
e eram consultados a respeito de grãos, clima e até a saúde das abelhas, uma vez que eram deuses da apicultura também.




FIQUE POR DENTRO

O surgimento e o desenvolvimento cultural do chamado período clássico dos maias estendeu-se aproximadamente de 250 até 900 d.C. A fonte mais completa e exaustiva para o conhecimento da sua mitologia é o Popol Vuh (Livro da Comunidade ou do Conselho), a bíblia dos maia-quiches (de qui, 'muitos' e che, 'árvore': 'terra de muitas árvores', do ano 1550. Outra fonte é o Chilam Balam, escrito em maia de Yucatã na época da conquista e a Relação das Coisas de Yucatã, de 1566, composta pelo espanhol Diego de Landa, que inclui interessantes dados sobre a vida dos maias no século XVI.

Os deuses maias possuíam uma natureza antropomorfa, fitomorfa, zoomorfa e astral. A figura mais importante do panteão maia é Itzamná, deus criador, senhor do fogo e do coração. Representa a morte e o renascimento da vida na natureza. Itzamná é vinculado ao deus Sol, Kinich Ahau, e à deusa Lua, Ixchel, representada como uma velha mulher demoníaca. Alguns pesquisadores acreditam que seu nome deriva das palavras com as quais supostamente se definiu ante os homens: "Itz en Caan, itz en muyal" ("Sou o orvalho do céu, sou o orvalho das nuvens"). Porém, também parece significar 'Casa da Iguana'.

Segundo esta idéia, haveria quatro Itzamnás, correspondentes às quatro direções do Universo. Quatro gênios ou divindades, os Bacabs, por outro lado, aparecem sustentando o céu, identificados com os quatro pontos cardeais, que por sua vez estão associados a quatro cores simbólicas (Leste,vermelho; Norte, branco; Oeste, preto; Sul, amarelo), uma árvore (a seiva sagrada) e uma ave. Segundo a versão de alguns povos maias, seria filho de Hunab Ku, ser supremo e todo-poderoso.

Chac, que se destacava pelo nariz comprido, ocupava o lugar de deus da chuva e costumava aparecer multiplicado em chacs, divindades que produzem a chuva esvaziando suas cabaças e jogando machados de pedra. As uo (rãs) são suas companheiras e agem anunciando a chuva. O jovem deus do milho, Ah Mun estava relacionado com a vegetação e com o alimento básico; freqüentemente brigava com o deus da morte, Ah Puch, Senhor do nono inferno. Outras divindades associadas às trevas e à morte são Ek Chuah, deus negro da guerra, dos mercadores e das plantações de cacau, e também Ixtab, deusa dos suicídios.

A semelhança e os contatos entre a cultura maia e a asteca explicam a aparição entre os maias da Serpente Emplumada (Quetzalcoatl), que recebe o nome de Kukulcan em Yucatán e de Gucumatz nas terras altas da Guatemala.

FONTE BIBLIOGRÁFICA:
Anónimo, Popol Vuh. Relato maya del origen del mundo y de la vida. ISBN ISBN 978-84-8164-965-9 ; Wilkipédia ; De la Garza, Mercedes & Ilia Nájera Coronado, Marta, Religión maya. ISBN ISBN 978-84-8164-555-2 ; Rivera Dorado, Miguel, El pensamiento religioso de los antiguos mayas. ISBN ISBN 978-84-8164-871-3 ;

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