sábado, 13 de outubro de 2012

RELIGIÃO NA CIVILIZAÇÃO ASTECA


RELIGIÃO NA CIVILIZAÇÃO ASTECA

Vamos agora estudar a religião da civilização asteca,também uma das mais antigas.

Bem, entre as algumas características destacáveis, temos:
- Eram politeístas (acreditavam em vários deuses) e
- acreditavam que se o sangue humano não fosse oferecido ao Sol, a engrenagem do mundo deixaria de funcionar.

Geralmente os sacrifícios feitos eram dedicados a algumas entidades. Entre as mais famosas temos:

a) Tezca-tlipoca: o sacrificado era colocado em uma pedra por quatro sacerdotes, e um quinto sacerdote extraía, com uma faca, o coração do guerreiro vivo para alimentar seu Deus;

Imagem de Tezca-tlipoca


b) Tlaloc: Esta entidade era interessante e merece algumas observações:


Imagem de Tlaloc

- Os sacrifícios eram feitos anualmente
- As crianças eram sacrificadas no cume da montanha.
- Eles acreditavam que quanto mais as crianças chorassem, mais chuva o deus proveria.
- No seu panteão ( local, significa:“conjunto de deuses” ) havia centenas de deuses.
- Os principais eram vinculados ao ciclo solar e à atividade agrícola.
 - Observações astronômicas e estudo dos calendários faziam parte do conhecimento dos sacerdotes.


SACRIFÍCIO HUMANO NA CULTURA ASTECA

- Sacrificar seres humanos aos deuses, era para os Astecas uma missão, enquanto povo escolhido pelo seu deus Tezca-tlipoca.
- Os sacerdotes ficavam com os vencidos para os sacrifícios , o deus era apaziguado.
-  Era tal a obsessão de sacrifício, que para eles as frequentes campanhas bélicas não tinham objetivo de conquistar territórios e ampliar seus limites

- mas sim, uma forma na qual era possível obter sempre novas vítimas para os sacrifícios aos deuses. E quando conseguiam muitas vítimas se alegravam de uma forma tal que colocaram o nome destas guerras de "Guerra Florida", com
- O seu destino final, como acontecia com os prisioneiros mortos no templo, era a glória de acompanhar o Sol no seu caminho celestial.
- A morte em combate ou na pedra sacrificial era o destino mais elevado do guerreiro, e conduzia-o para o mais alto céu. ( PARA O GUERREIRO ERA GLAMOROSO MORRER EM COMBATE POIS IAM PARA O CÉU DIRETO.
- A base do pensamento religioso e da atividade ritual provinha da ideia de que era necessário manter uma relação constante de intercâmbio com o sobrenatural.
- Oferecendo aos deuses a energia vital necessária para manter a atividade, poder-se-ia continuar a receber dele os dons que permitiam a existência humana,( como a luz, o calor, a água, a caça, os produtos da terra, etc.)
- No inicio pouco numerosos, durante a época da conquista, não se passava um dia sem que se fizesse pelo menos um sacrifício. Quanto mais alta fosse a categoria da vítima mais valiosa era para o fim em vista.

O SACRIFÍCIO ANUAL PARA TEZCA - TLIPOCA

- O sacrifício tradicional mais dramático dava-se uma vez por ano, (no 5º dia do mês toxcatl), em honra a Tezca-tlipoca.
- Um ano antes, os sacerdotes designavam um jovem prisioneiro para representar o deus.
 Durante esse ano que precedia à cerimónia ensinavam-lhe as artes nobres, como por exemplo, tocar a flauta de argila.
- Vestido com trajes suntuosos, todos o reverenciavam como a imagem viva do deus.
- No começo do mês chamado Toxcatl, este prisioneiro casava com quatro virgens
- Quanto mais se aproximava a data fatídica, mais as festas organizadas em sua honra eram faustosas.
- No dia do sacrifício, ele embarcava com as suas mulheres num barco que os conduzia a uma pequena ilha onde ficava o templo.
- Então as mulheres deixavam-no e ele dirigia-se sozinho para a pirâmide ou "Teocalli". Subia a escadaria, quebrando sucessivamente sobre os degraus todas as flautas de argila que tinha usado durante esse ano.
-  Assim que chegava à plataforma do templo, quatro sacerdotes estendiam-no sobre a pedra sacrificial segurando-lhe os braços e as pernas;
o quinto homem abria-lhe o peito com uma faca de sílex e metendo a mão dentro do peito, arrancava-lhe o coração que, logo de seguida, erguia ao céu em oferenda á divindade.
A famosa "pedra do sacrifício", que data do reino de Tizoc, é um vaso enorme onde se queimava o coração das vítimas.
Outro tipo de sacrifício:
a vítima combatia sucessivamente com armas fictícias contra guerreiros bem armados; se conseguisse defender-se contra o primeiro, morria inevitavelmente aos golpes dos seguintes.

O SACRIFÍCIO AO DEUS XIPE-TOTEC

De acordo com informações históricas, as oferendas a este deus era da seguinte forma: depois do coração arrancado, este era depositado no cuau-xicalli ou "vaso de água", para ser queimado e servir de alimento aos deuses.
- A cabeça era separada do corpo, e o corpo esfolado.
- Os sacerdotes e aqueles que faziam penitência (para homenagear os deuses), vestiam-se com a pele da vitima, e usavam durante 20 dias, estes faziam questão de deixar o terrível mau cheiro se apoderar do seu corpo e do ambiente.

Para eles era nobre  agir assim, OU MELHOR “ CHEIRAR ASSIM”

O SACRIFÍCIO AO DEUS TLALOC

para esta entidade:

a) sacrificavam-se crianças no alto das montanhas para trazer chuva no fim da estação seca, para apaziguar o deus; quanto mais estas inocentes e indefesas crianças choravam, na ótica deles, mais satisfeito o “deus” ficava.
- calcula-se uma média de 20.000 homens que eram imolados em cada ano. E é o próprio templo de Tezca-tlipoca que testemunha isso.

Em uma expedição realizada, o arqueólogo Hernan Cortez e os seus homens, contaram cerca de
140. 000 crânios.


- Todas estas cerimónias eram sistematizadas e reguladas por um calendário litúrgico chamado "Tonal-pohualli", a par com o calendário solar relacionado com a vida rural.
- O Deus mais famoso e venerado era o Quetzal-cóatl, conhecido como a serpente emplumada.

Quetzal-cóatl,

- Os sacerdotes formavam um poderoso grupo social, encarregado de:
a) orientar a educação dos nobres,
b) fazer previsões e
c) dirigir as cerimônias rituais.
- Realmente pelo que vimos, uma característica destacável na  religiosidade asteca é que sempre incluía a prática de sacrifícios.

- Segundo o divulgado pelos pesquisadores, três coisas não podiam faltar no culto a este mais famoso deus asteca e que eram ritos imprescindíveis para satisfazer a este deus:
a) o derramamento de sangue
b) a oferenda do coração de animais e
c) arrancar o coração de seres humanos, depositando com ele ainda pulsando aos pés da entidade.

NOTA INTERESSANTE QUE PRECISA-SE SABER:
De acordo com alguns arqueólogos, um certo  rei asteca de uma região chamada Texoco, mandou fazer um templo sem ídolos, apenas uma torre.
E lá, este rei fez referências a um Deus:
a)sem face,
b) invisível e
c) impalpável,
d) desprovido de história mítica
para quem esse rei fez uma homenagem com os seguintes dizeres na linguagem asteca:

"este lugar é reservado aquele, graças a quem nós vivemos".
Seria uma alusão ao “Deus desconhecido” pregado por Paulo, lá no areópago ateniense???? Só a eternidade responderá!!!

fonte: O Estudo das Religiões: desafios contemporâneos
Organizador: Silas Guerriero // Religião e Violência em tempos de Globalização
Organizadores: Mabel Salgado Pereira e Lyndon de A. Santos // 
wilkipédia // http://www.abhr.org.br/ 

0 comentários:

Postar um comentário

adrimaceio@hotmail.com

Seguidores