sábado, 10 de novembro de 2012

HISTÓRIA DA RELIGIÃO NA SOCIEDADE EGIPCIA


Faculdade de Teologia das Assembléias de Deus em Alagoas

FAFITEAL


Professor: Ev. Adriano Oliveira

Após passearmos um pouco na história da Religião na pré-história, nas sociedades tribais e sem escrita;

 nas religiões das civilizações astecas, maias e incas pré-colombianas ,
  vamos agora adentrar na religião das primeiras sociedades nômades, agrícolas e sedentárias da bacia do mediterrâneo, refiro-me aos Egípcios, fenícios, ibéricos, gregos e romanos.

O Egito, indubitavelmente tem sido o grande foco mundial de curiosidade e pesquisas.
 Qual o estudante ou curioso que nunca ouviu falar sobre o Antigo Egito, a grande civilização africana que se desenvolveu ao longo do rio Nilo?



Se você realmente tem alguma noção do Egito, se sinceramente você lembrou desse nome,

 você também ouviu relatos, documentários, matérias, livros falando sobre:

- as múmias,
- o rei Escorpião,
- as pirâmides, 

- os faraós,
- as tumbas,
- as maldições.
As histórias do Antigo Egito nos deixam fascinados, pois ainda não se explicam muitas coisas, como por exemplo:

a) Qual razão ou  motivo de construírem as pirâmides ou Porque cultuavam a vida após a morte. 
O Antigo Egito, como todos sabemos, foi uma civilização da Antiguidade oriental do Norte de África concentrada ao longo ao curso inferior do rio Nilo, no que é hoje o país moderno do Egito.


Era parte de um complexo de civilizações, as "Civilizações do Vale do Nilo", do qual também faziam parte as regiões ao sul do Egito, atualmente no Sudão, Etiópia e Somália.
Tinha como fronteiras:
NORTE - o 
Mar Mediterrâneo
SUL – a primeira catarata do Nilo
LESTE - 
o Deserto Oriental Africano
OESTE -, o Deserto da Líbia 




O Antigo Egito foi umas das primeiras grandes civilizações da Antiguidade e embora as influências culturais e  contactos com o estrangeiro tenham sido também uma realidade, o Egito manteve durante a sua existência uma continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas, explicável em parte devido aos condicionalismos geográficos.
Como foi estudado, a civilização egípcia se aglutinou em torno de 3.150 a.C com a unificação política do Alto e Baixo Egito, sob o primeiro faraó (Narmer),
 e se desenvolveu ao longo dos três milênios seguintes. 
Sua história desenvolveu-se ao longo de três grandes reinos marcados pela estabilidade política,
 prosperidade económica e florescimento artístico, separados por períodos de relativa instabilidade conhecidos como Períodos Intermediários.
O Antigo Egito atingiu o seu auge durante o Império Novo (550–1 070 a.C.), uma era cosmopolita durante a qual, graças às campanhas militares do faraó Tutmés IIIo Egito dominou, uma área que se estendia desde a Núbia, entre a quarta e quinta cataratas do rio Nilo, até ao rio Eufrates, tendo após esta fase entrado em um período de lento declínio. O Egito foi conquistado por uma sucessão de potências estrangeiras neste período final.


O governo dos faraós terminou oficialmente em 31 a.C., quando o Egito:



a) caiu sob o domínio do Império Romano e
b) se tornou uma província romana, após a derrota da rainha Cleópatra VII 
na Batalha de Ácio




BATALHA DE ÁCIO

Aconteceu em 2 de setembro de 31 a.C., perto de Actium na Grécia, durante a guerra civil romana entre Marco António e Octaviano (depois conhecido como imperador Augusto).

AUGUSTO 




MARCO ANTÔNIO( Tenente de César )



















A frota de Octaviano era comandada por Marco Vipsânio Agripa e a de António apoiada pelos barcos de guerra da rainha Cleópatra do Egipto.  O resultado foi uma vitória decisiva de Octaviano, que findou a oposição ao seu poderio crescente. Esta data é por isso usada para marcar o fim da República e início do Império Romano.

A RELIGIÃO NA SOCIEDADE EGIPCIA

O Antigo Egito fundamentou-se por sua plena relação com o divino e na vida após a morte de tal modo que o reinado faraônico foi baseado no direito divino dos reis , o faraó considerava-se o filho do deus Rá -

A religião egípcia teve influência tanto:
a)  em âmbito ideológico (a história egípcia foi explicada em viés divinos) como
b)  em carácter prático (a sociedade assim como a economia egípcias moldaram-se por influência de tal instituição);
durante a história egípcia a economia local esteve intimamente relacionada com os templos.
Na religiosidade egípcia o culto às divindades sobressaía as crenças gerais, o que faz da religião egípcia mais ortoprática do que ortodoxa.
Os egípcios antigos eram politeístas e seus deuses representavam diversos elementos naturais que eram vinculados com elementos cotidianos.
Cada cidade possuía seu deus padroeiro assim como um específico animal sagrado que a ele era consagrado; caso uma cidade se tornasse capital do reino (p. ex. Tebas)
- o deus local, da mesma forma que o animal a ele dedicado, eram elevados ao âmbito nacional e, consequentemente, começavam a ser cultuados por todo o império
(p. ex. Amon - para os egípcios, "rei dos deuses e força criadora da vida")


Os deuses egípcios tinham características:
a) antropomórficas,
b)  zoomórficas ou
c) Antopozoomorficas



Amom

conquanto, embora idealizassem seus deuses com certas características animais, pode-se considerar que postulavam  que tal deus possuísse as habilidades daquele animal e não necessariamente sua forma. ( no caso de Amom, este não tem forma de animais).

 Os deuses, muitas vezes evocados para ajuda e/ou proteção, também eram provedores de grandes males, de modo que tinham que ser aplacados com:
a) oferendas e
b) orações.

Assim como a sociedade egípcia, o mundo divino egípcio era fortemente hierarquizado; continuamente, por meio de mitos diversos, os deuses do panteão eram promovidos ou rebaixados nesta hierarquia.

- Os deuses, a mando dos faraós, eram adorados nos templos e os cultos eram administrados por sacerdotes que diariamente:

a) lavavam,
b) perfumavam,
c) maquilavam e
d) alimentavam a estátua do deus que permanecia trancada em um naos no centro do templo.

Os templos não eram locais para adoração pública, e somente em dias comemorativos ou em festas selecionava-se um santuário para onde se transportava a estátua para que houvesse adoração pública; as procissões que transportavam as estátuas, que eram assistidas pela população, contavam com a participação de músicos e cantores.

Cidadãos comuns podiam ter estátuas cultuais privadas, assim como amuletos de proteção.
 Após o Império Novo o papel do faraó como intermediário espiritual foi ofuscado devido ao desenvolvimento de um sistema de oráculos para comunicar as vontades divinas diretamente a população.


 BIBLIOGRAFIA BÁSICA
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